segunda-feira, 24 de outubro de 2011

OWS e o Brasil


Na sexta semana de protesto o Occupy Wall Street  está definitivamente incorporado ao noticiário.

No mundo inteiro pipocam ocupações, Europa, Oceania e agora no Brasil, como a ocupação da Cinelândia , no Rio e do Vale do Anhangabau, em São Paulo.

Demorou para o movimento chegar ao Brasil e não sabemos se aqui ele poderá ter o mesmo apelo que no hemisfério norte, já que a percepção  da crise econômica é muito maior por aquelas bandas. Aqui ainda estamos surfando na onda de otimismo advinda do período Lula, quando milhares, ou milhões de pessoas passaram a ter acesso ao  mercado consumidor.

É verdade que isso foi uma conquista para o país, porque afinal de contas é do espírito da época a necessidade e o desejo do consumo. Por que só um pequeno grupo teria direito às invenções necessárias ou não criadas pela indústria moderna? É verdade que muitas dessas invenções são absolutamente inúteis mas  é criado em todos nós o desejo de possuí-las.

Mas o OWS nos avisa que esse consumo desenfreado ligado a ganância das grandes corporações financeiras, são os responsáveis, além dos irracionais gastos militares, especialmente nos EUA, pela instalação da crise.

No Brasil há uma demanda por questionamentos com relação ao alto grau de corrupção no Legislativo e no Executivo, mas o que muitos temem é o espírito udenista contido em certos grupos que se manifestam  contra a corrupção, estando o próprio judiciário sendo visto de forma comprometida por setores mais democráticos da sociedade brasileira.

Juntar a idéia do OWS com protestos contra a corrupção mantendo o viés democrático será um desafio para aqueles que querem se unir ao grito internacional dos excluídos, pois se não há uma crise econômica violenta entre nós, há questões serias que precisam ser expostas em praça publica para que avancemos no nosso processo civilizatório.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Occupy together

Sobre o movimento Ocupem Wall Street há um link muito interessante chamado Occupy Together (ocupe junto). O endereço é www.occupytogether.org/ .
Vale a pena dar uma olhada lá se você acha que já é hora de dar um basta, uma repensada ou seja o que for sobre o poder insano das grandes corporações financeiras, do sistema finaceiro sobre nossas vidas. Se você acha que a política pode ser tratada num nível razoável e não como é feita hoje em dia, pior do que as salsichas do tempo de Bismarck ( porque meu irmão me disse que hoje as salsichas são feitas com higiene e controle dos agentes sanitários - já a política...).
Se você acha que neutralidade é algo que não existe...
Se você quer curtir essas viagem pelo planeta com um mínimo de dignidade, seja dignidade em que nível for... ocupe sua mente
Ocupe junto!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BR 040 - Juiz de Fora/Três Rios




às vezes é onde eu acho que moro

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ocupem Wall Street - continuação

É patético como as coisas são colocadas para nós, os leitores dos jornais.
Em matéria no Globo, hoje dia 11 de outubro de 2011, dando conta de que os protestos nos EUA, já c ocorrem em 30 estados e 1.242  cidades, somos informados ( e isso é bem risível), que o movimento conta, agora, com o aval do prefeito de Nova York, Michel Bloomberg.
Acho que quem escreveu a matéria ou não sabe português e o sentido da palavra aval ou não sabe o que é democracia.
Esse aval dado pelo prefeito, nada mais é que o mesmo tentando parecer correto diante de um movimento que questiona justamente pessoas como ele, que segundo o colunista do NYTimes Paul Krugman é um dos titãs do setor industrial, consequentemente  dos grandes conglomerados cuja ganância o movimento questiona.
O tal aval citado na matéria se refere ao fato do prefeito ter dito: "- As pessoas querem se expressar e, contanto que obedeçam a lei, vamos permitir que elas o façam."
Vamos permitir não quer dizer aval, quer dizer: somos os donos disso aqui ( a cidade, a praça, a pretensa democracia).
O que os manifestantes reivindicam é justamente tomar o poder dos políticos e devolve-lo aos seus legítimos donos, elas mesmas.
Está muito difícil falar de democracia no Ocidente, aqui então no extremo Ocidente, está complicadissimo, vide orgia que se tornaram os três poderes e o jogo dúbio que a imprensa faz.
O que causa pânico em Wall Street é que eles sabem que o movimento tem força para crescer, por isso os manifestantes são chamdos de gangues, ladrões de empregos, seguideores de Lenin e outras coisas.
Com o movimento chegando na Europa, esperemos que também chegue aqui, vamos ocupar Brasília, São Paulo, as nossa cidades do interior.
Há muita coisa para discutir.
Inclusive se os reporteres sabem mesmo o que estão escrevendo ou a quem estão servindo.

sábado, 8 de outubro de 2011

Ocupem Wall Street

Por enquanto ainda não é manchete nos jornais, mas aos poucos a imprensa começa a prestar atenção nesse movimento que se iniciou a pouco tempo, mas que segundo Paul Krugman está começando a parecer um evento importante.
Com muitos ou poucos manifestantes o movimento se espalha pelos Estados Unidos, com demonstraçoes, marchas, protestos e prisões, claro, desde Nova York até Los Angeles.
Em matéria no Globo, pagina 36 do caderno de economia do dia 08 de outubro de 2011, portanto hoje, leio as frases as vezes tristes outras vezes cômicas que esses manifestantes carregam.
Em Las Vegas (estranhamente Las Vegas não me parece uma cidade real, mas isso é outro assunto), carregavam cartazes com os seguintes dizers: Wall Street é responsável pela fraude bancária da América; cobrem impostos dos ricos ou teremos de come-los.
Em Los Angeles: os bancos foram salvos nós fomos vendidos.
Em Washington: necessidades humanas, não ganância empresarial; parem de lutar contra os trabalhadores.
Há gente de todas as idades se manifestando, mas os jovens, segundo os analistas se mostram os mais frustados, pois é disso que se trata qualquer crise economica: frustação, digo isso por ter sido jovem durante o processo da hiper inflação brasileira, quando achava que todos os meus sonhos estavam perdidos. Foi uma época difícil para muita gente da minha geração, não para os ricos, é claro, que sempre ganharam em overnight e coisas do gênero.
Não sabemos como todo esse processo se desenrolará pelo mundo afora e quais suas consequências para o Brasil, mas como sobrevivente dos nossos desvarios econômicos pós ditadura, sou solidário aos que ocupam Wall Street e outras ruas por onde queimam as fogueiras da vaidade.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

História do Brasil





O touro de Wall Street



Ocupar Wall Street

Wall Street é um símbolo internacional da ganância das grandes corporações, sejam elas americanas ou de qualquer outro país.
Os Estados Unidos estão vivenciando uma grande crise econômica e para demosntrar seu desespero diante da incapacidade de opor-se realmente a política bipartidária naquele país, ativistas de diversos setores, passaram a ocupar áreas próximas ao símbolo máximo desse insaciável sistema econômico.
Ocupar Wall Street é o mote e há pessoas de todas as idades e todos esperamos que se repita por outras cidades americanas e não seria nada mal que também pela América Latina e Europa os protestos se repetissem, pois somos nós também, alimento do sistema, somos nós também aqueles que satisfazem o apetite das grandes corporaçoes especialmente do degenerado sistema financeiro.
No entanto Wall Street é também objeto do fetiche humano, não à toa ficam os turistas, especialmente latinos, eu vi isso, a passar a mão nos chifres do touro, para obter sorte nos negócios e no saco do touro para obter sorte no amor.
Imagino a força desse sistema, o capitalismo, na cabeça de gente do mundo inteiro que acredita que realmente existe democracia num meio onde os grandes financistas estão além do bem e do mal, até é claro, que um banco vá à ruina e leve junto outros senhores de cartola.
Vamos ocupar a Wall Street que existe em nós na crença tola de liberdade e capacidades para todos, enquanto milhões de pessoas vão à ruina pessoal e coletiva, levados pelos senhores do mercado financeiro, da petroquímica e das armas.
Torço pelos que estão agora ocupando Wall Street e podem ser atacados pela polícia do sistema.