terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mercado da ignorância

O discurso de autoridade é sobretudo um abuso.

Eu leio coisa demais, para que ler O Globo, a Folha, o Estadão se já sabemos o que vai estar escrito ali, há uns pelo menos quinhentos anos? Sempre o mesmo discurso de autoridade, de estar numa posição privilegiada do conhecimento.
Mas não é verdade. Incautos podem cair nessa conversa, mas se você estudou um pouquinho ou tem um olhar minimamente aberto para o mundo e a sociedade em que vivemos, vai perceber logo que o que os articulistas desses jornais, para não citar aquela revista, escrevem, nada mais é que a defesa do status quo do grupo que sempre esteve no poder nesse país e cuja riqueza, muitas vezes, veio do trafico de africanos, pré ou pós 1850, não importa, mesmo correndo o risco de ser anacrônico.
O tempo todo eles querem negar as barbaridades cometidas ao longo da história do Brasil e pior, querem im pedir que progressos, mudanças sejam feitas, basta ler o artigo do tal Guzzo na famigerada revista, não por acaso paulista.
Impedir avanços sociais, impedir os direitos diferenciados, falar do fundo das cavernas quando fingem falar de palcos civilizados, é tudo que eles fazem ou, no atual momento, se esforçam por parecer estar fazendo.
Não é colocando um ator negro numa novela num papel principal, que seja, que certo canal de tv vai se redimir pelo apoio a ditadura, ou pelo racismo latente.
Pior é ver as pessoas se levarem pelo discurso imbecilizador, pelos cliches da"liberdade de expressão", quando à essa gente nunca faltou liberdade alguma. Eles sim, apoiaram os que instauraram a ditadura nesse país.
Agora temos a web e suas possibilidades, mas é um David contra um Golias realmente poderoso, principalmente pelo fato de ser um David disperso em muitas pessoas e iniciativas.


domingo, 18 de novembro de 2012

Religiosidade à brasileira - 6 - A matriz africana







O maior preconceito, em termos religiosos nos Brasil, se dá contra as religiões de matriz africana. 
Uma questão que se mistura com o preconceito contra os afros descendentes
Nas imagens caminhada pelo dia da consciência negra, Juiz de Fora - MG.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cinema religioso - religiosidade à brasileira - 5

Primeiro eu pensei em dar o título de 'cinema e religião', mas percebi que incorreria em grande erro, pois muitos filmes trazem questões religiosas as mais diferentes, sem que com isso sejam filmes religiosos, dai a escolha por cinema religioso.
Nao é uma novidade, mas de uns anos para cá, desde que o fanatismo se tornou moeda corrente tanto no Oriente (mas até ai nenhuma novidade), como no ocidente ( o que nao seria nenhuma novidade se eu estivesse falando dos EUA, país que tem atė um cinturão religioso nos estados dos Sul, sudeste e meio oeste), mas estou falando do Brasil, onde se começa a perceber o agravamento dessa questão. Chamo de agravamento porque embora o catolicismo sempre tenha dominado o pais, havia mais espaços para uma condição laica do que vemos hoje,com o acirramento do debate religioso.
Nao sei se essa moda vai se tornar ainda mais radical, mas temos um problema pela frente.
Isso tudo vem do fato de hoje ter tomado conhecimento de um filme evangélico patrocinado por uma das igrejas evangélicas do Brasil, rodado nos EUA, nao por acaso na Carolina do Norte, que está movimento milhões de dólares.
Esse filme evangélico vem juntar se aos filmes católicos e espiritas, como o famigerado Nosso Lar.
São filmes catequéticos, ou seja cujo objetivo é manter o rebanho coeso, enquanto criticam qualquer avanço nos direitos democráticos de ampla gama da população.
No Lê Monde Diplomatique desse mês há vários artigos sobre o tema da religião, juventude e sexualidade. Esclarecedores, mas que nos deixam de orelha em pé frente aos avanços do conservadorismo cristão.
Que pais queremos?
A religião é de cada um, o pais é de todos.

sábado, 10 de novembro de 2012

Pensamento de bolso

Se existe alguma sabedoria, ela está contida no silencio.