Pode ser que eu esteja exagerando, mas saí do novo filme do Tarantino um pouco espantado com a visão de uma América em surto total, incapaz de dialogar entre si, como um desejo permanente de vingança e violência.
Com certeza o armarinho da Minnie é uma metáfora cheia de armadilhas, o que também é uma metáfora em si. Estão todos ali numa encenação perigosa. Cerca o armarinho não apena a tormenta mas os corpos escondidos no fundo do poço. A tormenta, uma nevasca violentíssima, parece que não vai ter fim.
Tarantino não está nos apresentando apenas um filme, porque nenhum filme é só um filme, o que ele nos apresenta é a sociedade americana no formato reduzido nos oito odiados.
Por que odiados? Por se odiarem entre si, por que como espectadores pouco nos interessa quem morre e até torcemos para que o final seja exatamente como é, odiados por que destroem qualquer possibilidade de redenção. Não há redenção no filme nem para os personagens nem para os EUA.
Me pareceu uma visão dura sobre o país mais poderoso do mundo especialmente visto daqui, do antigo, mas nem tão antigo assim, terceiro mundo...
Alguém escreveu que o filme é como um réquiem para os EUA e isso diz muito quando notamos algumas notícias acerca daquele país.
Uma notícia que me chamou a atenção foi o presidente Barack Obama dizendo que aqueles que falam de um declínio do poder econômico americano, estão fazendo uma peça de ficção.
Na outra notícia o próprio presidente derrama lágrimas ao propor uma lei para controle de armas. Eu também choraria se visse todo um povo se destroçando pelo amor que certos grupos devotam as armas e a pratica da violência escudados em emendas de uma constituição derivada do pensamento iluminista.
Outras notícias dizem respeito a matança de negros por policias nas cidades mais pobres ou decadentes do país, porque sim, há pobreza e decadência por lá, sendo o caso mais notório o da cidade de Detroit.
Claro, eu estou no Brasil, um dos países mais violentos do mundo, um dos países com maior desigualdade social, onde os habitantes das periferias das grandes cidades correm risco de vida iminente, a qualquer hora do dia ou da noite, quem sou eu para falar dos outros países, ainda mais um país amado pela elite brasileira e também pela população mais pobre.
Mas o filme está nas telas, brutalidade e violência estetizada, mas que por isso mesmo nos levar a pensar na banalidade do mal.
Por fim a linha que da uma narrativa ao filme é uma certa carta de Abraham Lincoln para um dos personagens e tal carta, uma especie de escudo contra o mal latente da sociedade será ensanguentada, amassada e arremessada longe, tal qual como quando pensamos que a guerra da secessão que foi motivada, entre outros razões, mas principalmente, pelo desejo do sul de manter a escravidão ainda hoje não foi resolvida suficientemente bem dentro nas fronteiras daquele país.
Com certeza o armarinho da Minnie é uma metáfora cheia de armadilhas, o que também é uma metáfora em si. Estão todos ali numa encenação perigosa. Cerca o armarinho não apena a tormenta mas os corpos escondidos no fundo do poço. A tormenta, uma nevasca violentíssima, parece que não vai ter fim.
Tarantino não está nos apresentando apenas um filme, porque nenhum filme é só um filme, o que ele nos apresenta é a sociedade americana no formato reduzido nos oito odiados.
Por que odiados? Por se odiarem entre si, por que como espectadores pouco nos interessa quem morre e até torcemos para que o final seja exatamente como é, odiados por que destroem qualquer possibilidade de redenção. Não há redenção no filme nem para os personagens nem para os EUA.
Me pareceu uma visão dura sobre o país mais poderoso do mundo especialmente visto daqui, do antigo, mas nem tão antigo assim, terceiro mundo...
Alguém escreveu que o filme é como um réquiem para os EUA e isso diz muito quando notamos algumas notícias acerca daquele país.
Uma notícia que me chamou a atenção foi o presidente Barack Obama dizendo que aqueles que falam de um declínio do poder econômico americano, estão fazendo uma peça de ficção.
Na outra notícia o próprio presidente derrama lágrimas ao propor uma lei para controle de armas. Eu também choraria se visse todo um povo se destroçando pelo amor que certos grupos devotam as armas e a pratica da violência escudados em emendas de uma constituição derivada do pensamento iluminista.
Outras notícias dizem respeito a matança de negros por policias nas cidades mais pobres ou decadentes do país, porque sim, há pobreza e decadência por lá, sendo o caso mais notório o da cidade de Detroit.
Claro, eu estou no Brasil, um dos países mais violentos do mundo, um dos países com maior desigualdade social, onde os habitantes das periferias das grandes cidades correm risco de vida iminente, a qualquer hora do dia ou da noite, quem sou eu para falar dos outros países, ainda mais um país amado pela elite brasileira e também pela população mais pobre.
Mas o filme está nas telas, brutalidade e violência estetizada, mas que por isso mesmo nos levar a pensar na banalidade do mal.
Por fim a linha que da uma narrativa ao filme é uma certa carta de Abraham Lincoln para um dos personagens e tal carta, uma especie de escudo contra o mal latente da sociedade será ensanguentada, amassada e arremessada longe, tal qual como quando pensamos que a guerra da secessão que foi motivada, entre outros razões, mas principalmente, pelo desejo do sul de manter a escravidão ainda hoje não foi resolvida suficientemente bem dentro nas fronteiras daquele país.