sábado, 27 de agosto de 2011
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Ônibus
Fui de Nova York para Washington de ônibus. Tranquilo, quatro horas de viagem, um ônibus de boa qualidade, ar condicionado, afinal lá fora a temperatura beirava os 42 graus.
Mas já na "rodoviária" de NY, intuí que algo não era exatamente como eu pensava.
Parece que estou intuindo a posteriori, mas não é verdade...
Quando cheguei em Washington vi que "rodoviária" era a de NY, dali para a frente não haveria mais nada tão tranquilo e organizado. Primeiro que parece que a rodô é particular, pertence a empresa de ônibus no caso a Greyhound, que sempre curti por causa do cachorrinho correndo, algo que em tempos passados a Útil, se bem me lembro imitava aqui no Brasil, nem fiquei sabendo se existem empresas concorrentes. Deveriam existir, não é esse o espirito do capitalismo?
O fato é que de Washington seguiria de ônibus ( trem é super caro), para Orlando, na Flórida, mas jamais imaginaria que a viagem pudesse ser tão louca.
Concordo que há um dado de insanidade em viajar esses quase 1800 km de ônibus, num país cuja língua eu não domino como a minha e pasando por estados cuja história não é das mais tranquilas, mas a bossa era essa, ver como saõ esses lugares.
Mas não havia õnibus direto, era necessário fazer baldeações (que palavra da minha infância, quando ia de Juiz de Fora para Oliveira e a baldeação era em Belo Horizonte), assim fui aos poucos em direção à Flórida, passando por cidade como Richmond, Raleigh, Fayeteville, Savanah (essa sim histórica, bonita mas sem o apelo barroco de uma Ouro Preto ( sempre procuramos por nós mesmos, não é verdade? - Narciso acha feio o que não é espelho - obrigado Caetano).
Desde Richmond os ônibus eram péssimos, feios, qualquer ônibus Três Rios - Juiz de Fora é um luxo.
Tive a impressão que a partir de Washington, ônibus era coisa de pobre, afro descendente e turista desavisado e que por isso o investimento nesse tipo de transporte não era prioridade, por que seria na terra do automóvel?
Acabei vendo cenas relativamente chocantes, eu que sou um usuário de ônibus intermunicipais no Brasil - ( ônibus urbano aqui também passa pela mesma questão, é para pobre, portanto é um investimento não prioritáio nas nossa cidades fascistas - sim fascistas, quando o povo é visto só como gado - me exaltei, mas o transporte público brasileiro me irrita...)
Mas cheguei na Flórida, terra dos jardins.
Tenho outras histórias sobre ônibus na América, depois eu conto.
Mas já na "rodoviária" de NY, intuí que algo não era exatamente como eu pensava.
Parece que estou intuindo a posteriori, mas não é verdade...
Quando cheguei em Washington vi que "rodoviária" era a de NY, dali para a frente não haveria mais nada tão tranquilo e organizado. Primeiro que parece que a rodô é particular, pertence a empresa de ônibus no caso a Greyhound, que sempre curti por causa do cachorrinho correndo, algo que em tempos passados a Útil, se bem me lembro imitava aqui no Brasil, nem fiquei sabendo se existem empresas concorrentes. Deveriam existir, não é esse o espirito do capitalismo?
O fato é que de Washington seguiria de ônibus ( trem é super caro), para Orlando, na Flórida, mas jamais imaginaria que a viagem pudesse ser tão louca.
Concordo que há um dado de insanidade em viajar esses quase 1800 km de ônibus, num país cuja língua eu não domino como a minha e pasando por estados cuja história não é das mais tranquilas, mas a bossa era essa, ver como saõ esses lugares.
Mas não havia õnibus direto, era necessário fazer baldeações (que palavra da minha infância, quando ia de Juiz de Fora para Oliveira e a baldeação era em Belo Horizonte), assim fui aos poucos em direção à Flórida, passando por cidade como Richmond, Raleigh, Fayeteville, Savanah (essa sim histórica, bonita mas sem o apelo barroco de uma Ouro Preto ( sempre procuramos por nós mesmos, não é verdade? - Narciso acha feio o que não é espelho - obrigado Caetano).
Desde Richmond os ônibus eram péssimos, feios, qualquer ônibus Três Rios - Juiz de Fora é um luxo.
Tive a impressão que a partir de Washington, ônibus era coisa de pobre, afro descendente e turista desavisado e que por isso o investimento nesse tipo de transporte não era prioridade, por que seria na terra do automóvel?
Acabei vendo cenas relativamente chocantes, eu que sou um usuário de ônibus intermunicipais no Brasil - ( ônibus urbano aqui também passa pela mesma questão, é para pobre, portanto é um investimento não prioritáio nas nossa cidades fascistas - sim fascistas, quando o povo é visto só como gado - me exaltei, mas o transporte público brasileiro me irrita...)
Mas cheguei na Flórida, terra dos jardins.
Tenho outras histórias sobre ônibus na América, depois eu conto.
Nova York e cinema
Não sei se NY é a cidade mais filmada do mundo. Contando com os turistas deve ser.
Digo isso porque uma vez lá, é impossivel não pensar em coisas do tipo: - aqui foi aquela cena daquele fime do Woody Allen, aqui na Time Square foi aquela cena do Vanilla Sky, e como foi que eles fizeram para tirar todo mundo daqui... Ou a cena do Godzilla, (bom eu assisto esse tipo de "filme" também - fui criado pela televisão, muito National Kid - já viram, nem muito Bergman ou Fellini rearrumam essa mente).
Mas a experiência de estar em NY é cinematográfica, porque a cidade te leva a roteiros previamente existentes ou que você vai criando, estando sozinho ou acompanhado, enquanto anda por aquelas ruas e avenidas de tantos heróis e anti heróis.
Olhando para as coberturas clássicas dos anos trinta, são os roteiros tipo Era da Inocência, passando pelos becos ou ruas levemente sinistras, ou certas estações decadentes do metrô, chega-se a Taxi Driver e entrando em alguns hotéis, e eu fiquei num bem estranho, o filme é Sid and Nancy.
Aliás onde anda Alex Cox?
Claro que por certas alamendas do Central Parque temos os filmes romanticos que fazem a efêmera felicidade dos que, com o coração partido, escondem-se de si mesmos, por algumas horas, no escurinho do cinema, esse útero.
Mas, por isso mesmo, ao caminhar por Manhattan, confesso que esperei por invasões alienígenas, volta e meia olhando o céu com algum sutil aperto no coração: - e se for hoje?
Mas ao olhar em volta tive que constatar que a cidade já havia sido invadida, e há muito, e o invasores éramos nós, gente de tudo quanto é parte do mundo, tornando a grande maçã um resumo desse planeta, e como se diz em MIB, de outros planetas também.
Digo isso porque uma vez lá, é impossivel não pensar em coisas do tipo: - aqui foi aquela cena daquele fime do Woody Allen, aqui na Time Square foi aquela cena do Vanilla Sky, e como foi que eles fizeram para tirar todo mundo daqui... Ou a cena do Godzilla, (bom eu assisto esse tipo de "filme" também - fui criado pela televisão, muito National Kid - já viram, nem muito Bergman ou Fellini rearrumam essa mente).
Mas a experiência de estar em NY é cinematográfica, porque a cidade te leva a roteiros previamente existentes ou que você vai criando, estando sozinho ou acompanhado, enquanto anda por aquelas ruas e avenidas de tantos heróis e anti heróis.
Olhando para as coberturas clássicas dos anos trinta, são os roteiros tipo Era da Inocência, passando pelos becos ou ruas levemente sinistras, ou certas estações decadentes do metrô, chega-se a Taxi Driver e entrando em alguns hotéis, e eu fiquei num bem estranho, o filme é Sid and Nancy.
Aliás onde anda Alex Cox?
Claro que por certas alamendas do Central Parque temos os filmes romanticos que fazem a efêmera felicidade dos que, com o coração partido, escondem-se de si mesmos, por algumas horas, no escurinho do cinema, esse útero.
Mas, por isso mesmo, ao caminhar por Manhattan, confesso que esperei por invasões alienígenas, volta e meia olhando o céu com algum sutil aperto no coração: - e se for hoje?
Mas ao olhar em volta tive que constatar que a cidade já havia sido invadida, e há muito, e o invasores éramos nós, gente de tudo quanto é parte do mundo, tornando a grande maçã um resumo desse planeta, e como se diz em MIB, de outros planetas também.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)