Pois é, no Canal Futura está passando um programa sobre gente que gosta de viajar e gente que não gosta.
Interessante os comentários. Os porquês de cada gostar.
Mas não foi exatamente isso que me chamou a atenção.
Um dos entrevistados é aquele jornalista que viaja para todos os lados e escrevia na revista Trip, cheguei a ler uma matéria muito interessante que ele escreveu sobre um festval de homens santos na India, onde o que mais os homens santos faziam era fumar maconha, se pintar de barro e serem idolatrados pelo povo.
( Já escrevi aqui sobre a India, depois de ler o livro Bombaim e cada vez mais me surpreendo com aquele povo, por ser tão diferente, distante e o que mais seja de nós. Será mesmo que, como escreveu Garaudy, o Ocidente é um acidente?).
Pois o tal jornalista, desculpem-me mas estou com preguiça de procurar no Google o nome dele e na verdade um comentário feito por ele me irritou e é sobre isso que quero comentar, o tal jornalista...
Ele conta sobre suas viagens e fala que há muitos anos atrás conheceu tantos e tais lugares, mas agora esse lugares ou alguns deles estão conhecidos, ou seja, não possuem mais o charme de serem conhecidos no período de seu desconhecimento pelo público, mas...não foi ele o cara que abriu esses lugares ao conhecimento da massa? Não é ele um agente do Império? Então por que essa soberba tola da primazia do conhecimento?
Na verdade é um esnobismo, ok, todos fazemos isso, mas o cara devia reconhecer que ele trabalha para tornar massificado o que está ou estava perdido nos fins de mundo que tem por ai. A essa altura do campeonato deve ter muito ex leitor da Trip indo ao festival de homens santos na India.
A questão é que algumas pessoas, ou seria a maioria, querem ter o poder, bon jour Foucault, de dizer que fizeram, estiveram, são, beberam, comeram, etc qualquer coisa que seja primeiro e depois deles..ah, já não importa mais.
Isso também ocorre comigo. Quando me dizem: conheço Ibitipoca desde... eu digo: eu conheço antes desde... e cito a data (1984), lá vai fumaça né...
E o que isso realmente significa?
Que eu vi o povo da terra ser levado a viver na periferia, enquanto os paulistas, cariocas, juizforanos e outros iam tomando o arraial.
Levando o Império aonde quer que vamos.
Bon giorno Antonio Negri.
Então o program que é até interessante, por mostrar a idiossincrasia de cada um em relação ao quesito viagens, que eu adora, ficou de repente tolo, pois a fogueira das vaidades que arde sobre cada um, quando observada na tela mágica da tv, nos desnuda tanto, que resta perguntar: e nós aonde vamos?
Interessante os comentários. Os porquês de cada gostar.
Mas não foi exatamente isso que me chamou a atenção.
Um dos entrevistados é aquele jornalista que viaja para todos os lados e escrevia na revista Trip, cheguei a ler uma matéria muito interessante que ele escreveu sobre um festval de homens santos na India, onde o que mais os homens santos faziam era fumar maconha, se pintar de barro e serem idolatrados pelo povo.
( Já escrevi aqui sobre a India, depois de ler o livro Bombaim e cada vez mais me surpreendo com aquele povo, por ser tão diferente, distante e o que mais seja de nós. Será mesmo que, como escreveu Garaudy, o Ocidente é um acidente?).
Pois o tal jornalista, desculpem-me mas estou com preguiça de procurar no Google o nome dele e na verdade um comentário feito por ele me irritou e é sobre isso que quero comentar, o tal jornalista...
Ele conta sobre suas viagens e fala que há muitos anos atrás conheceu tantos e tais lugares, mas agora esse lugares ou alguns deles estão conhecidos, ou seja, não possuem mais o charme de serem conhecidos no período de seu desconhecimento pelo público, mas...não foi ele o cara que abriu esses lugares ao conhecimento da massa? Não é ele um agente do Império? Então por que essa soberba tola da primazia do conhecimento?
Na verdade é um esnobismo, ok, todos fazemos isso, mas o cara devia reconhecer que ele trabalha para tornar massificado o que está ou estava perdido nos fins de mundo que tem por ai. A essa altura do campeonato deve ter muito ex leitor da Trip indo ao festival de homens santos na India.
A questão é que algumas pessoas, ou seria a maioria, querem ter o poder, bon jour Foucault, de dizer que fizeram, estiveram, são, beberam, comeram, etc qualquer coisa que seja primeiro e depois deles..ah, já não importa mais.
Isso também ocorre comigo. Quando me dizem: conheço Ibitipoca desde... eu digo: eu conheço antes desde... e cito a data (1984), lá vai fumaça né...
E o que isso realmente significa?
Que eu vi o povo da terra ser levado a viver na periferia, enquanto os paulistas, cariocas, juizforanos e outros iam tomando o arraial.
Levando o Império aonde quer que vamos.
Bon giorno Antonio Negri.
Então o program que é até interessante, por mostrar a idiossincrasia de cada um em relação ao quesito viagens, que eu adora, ficou de repente tolo, pois a fogueira das vaidades que arde sobre cada um, quando observada na tela mágica da tv, nos desnuda tanto, que resta perguntar: e nós aonde vamos?