segunda-feira, 30 de julho de 2012
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Uma coisa leva à outra
Ainda pensando nos beatniks, por causa do filme do Walter Salles, li o texto de domingo do Caetano Veloso no Globo.
O texto começa falando sobre um antropólogo que seria um dos "mentores" do movimento occupy, começando por NYC.
Seria David Graeber, mas de fato o texto nos leva a pensar como os beats estão na origem de tantas formas de pensamento, dentro dos EUA, num sentido mais crítico do status quo.
Diz Caetano " sei que não haveria figuras como Graeber, nos EUA não fosse pelos beats dos anos 50."
Também acho que os beats elevaram a cultura americana a outro paradigma, dando chance a que a selvageria de fins do XIX e início do XX, tivesse a ela juntada, uma nova perspectiva humana, urbana e solidária, com os despossuídos, principalmente de armas, esse deus americano.
Conheço um documentário delicioso sobre os beats, em especial Allen Ginsberg, mas abrange todos eles ou quase todos, chamado The Source, em português foi chamado de A Fonte. Vale a pena assistir, acredito que possa ser baixado pela internet.
Então Caetano continua, é por isso que uma coisa leva à outra, falando sobre sua leitura dos beats e curti isso pois pude comparar com a minha leitura dos beats.
Assim como ele, tenho em primeira conta Ginsberg com sua poesia alucinada e lúcida, que nos leva a uma descida aos infernos da cultura americana e das sociedades de consumo, em A queda da América e claro no Uivo, cuja versão cinematográfica passou outro dia na tv.
Depois Kerouac, e eu curto muito o Livro dos sonhos, mas bíblia beat é On the Road, livro que nos anos 80 me foi apresentado por uma querida amiga, que se pôs on the road, vivendo em diferentes paises e cujas histórias dariam um romance, sem por de lado o ensinamento para Maria das Graças: foge de todo aquele que diz que a vida daria um romance...( mas se eu fosse ela escreveria um livro), leu isso Lurdinha?
Mas como não ler Ferlinghetti, com o extravagante Um parque de diversões na cabeça?
Ou Carl Solomon com De repente, acidentes? E O primeiro Terço de Neal Cassady, parceiro de Kerouac,
E u costumo misturar J. D. Salinger com essa turma, mas sei que ele está em outro registro, acho que pelo fato de ser americano, naquele período assim como também misturo aos beats Paul Bowles, cujo livro Chá nas montanhas, li tantas vezes que a lombada já está puída.
Charle Bukowski com seus textos marginais sobre uma marginalidade instruída classe média, leva meu imaginário beat para a Av Lexington em NYC. Tanto que andei varias vezes por essa artéria de Manhattan, pensando nessa parte da mitologia americana que levo em conta.
Se alguém ler esse texto sugiro que corra e leia esses que eu citei, pois são livros que balançam a gente por dentro, os orgãos internos tremem e queremos sair, pegar a estrada, cantar com Bob Dylan.
Dylan também tá nessa e eu chegaria até Lou Reed, mas acho que estou exagerando.
Mas preciso fechar este texto citando um brasileiro que também me faz querer cair na estrada, Antonio Bivar com Verdes vales do fim do mundo...
Como se vê demorou para On the road ir as telas e levar de uma ideia a outra nessa infinita higway que é a nossa cabeça.
O texto começa falando sobre um antropólogo que seria um dos "mentores" do movimento occupy, começando por NYC.
Seria David Graeber, mas de fato o texto nos leva a pensar como os beats estão na origem de tantas formas de pensamento, dentro dos EUA, num sentido mais crítico do status quo.
Diz Caetano " sei que não haveria figuras como Graeber, nos EUA não fosse pelos beats dos anos 50."
Também acho que os beats elevaram a cultura americana a outro paradigma, dando chance a que a selvageria de fins do XIX e início do XX, tivesse a ela juntada, uma nova perspectiva humana, urbana e solidária, com os despossuídos, principalmente de armas, esse deus americano.
Conheço um documentário delicioso sobre os beats, em especial Allen Ginsberg, mas abrange todos eles ou quase todos, chamado The Source, em português foi chamado de A Fonte. Vale a pena assistir, acredito que possa ser baixado pela internet.
Então Caetano continua, é por isso que uma coisa leva à outra, falando sobre sua leitura dos beats e curti isso pois pude comparar com a minha leitura dos beats.
Assim como ele, tenho em primeira conta Ginsberg com sua poesia alucinada e lúcida, que nos leva a uma descida aos infernos da cultura americana e das sociedades de consumo, em A queda da América e claro no Uivo, cuja versão cinematográfica passou outro dia na tv.
Depois Kerouac, e eu curto muito o Livro dos sonhos, mas bíblia beat é On the Road, livro que nos anos 80 me foi apresentado por uma querida amiga, que se pôs on the road, vivendo em diferentes paises e cujas histórias dariam um romance, sem por de lado o ensinamento para Maria das Graças: foge de todo aquele que diz que a vida daria um romance...( mas se eu fosse ela escreveria um livro), leu isso Lurdinha?
Mas como não ler Ferlinghetti, com o extravagante Um parque de diversões na cabeça?
Ou Carl Solomon com De repente, acidentes? E O primeiro Terço de Neal Cassady, parceiro de Kerouac,
E u costumo misturar J. D. Salinger com essa turma, mas sei que ele está em outro registro, acho que pelo fato de ser americano, naquele período assim como também misturo aos beats Paul Bowles, cujo livro Chá nas montanhas, li tantas vezes que a lombada já está puída.
Charle Bukowski com seus textos marginais sobre uma marginalidade instruída classe média, leva meu imaginário beat para a Av Lexington em NYC. Tanto que andei varias vezes por essa artéria de Manhattan, pensando nessa parte da mitologia americana que levo em conta.
Se alguém ler esse texto sugiro que corra e leia esses que eu citei, pois são livros que balançam a gente por dentro, os orgãos internos tremem e queremos sair, pegar a estrada, cantar com Bob Dylan.
Dylan também tá nessa e eu chegaria até Lou Reed, mas acho que estou exagerando.
Mas preciso fechar este texto citando um brasileiro que também me faz querer cair na estrada, Antonio Bivar com Verdes vales do fim do mundo...
Como se vê demorou para On the road ir as telas e levar de uma ideia a outra nessa infinita higway que é a nossa cabeça.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Walt Whitman - 2
Essa foto, do grande poeta americano, encontrei no livro " An outline of american literature, de Peter B. High, editora Longman. A foto foi cedida à citada edição por " The library of the Congress", que é uma das maiores bibliotecas do mundo e que pode ser acessada via internet, com milhares de títulos a disposição para pesquisa.
Whitman deixava a porta de sua casa aberta para que os viajantes entrassem, viveu nos EUA da guerra civil e de suas consequências.
De acordo com High, para Whitman, a mensagem era mais importante do que a forma, no sentido da tradição poética estabelecida na época, segunda metade do XIX.
Escrevo isso por estar pensando nos beatniks, mas antes em suas fontes.
Parafraseando Cortazar: Todas as fontes, a fonte.
Whitman deixava a porta de sua casa aberta para que os viajantes entrassem, viveu nos EUA da guerra civil e de suas consequências.
De acordo com High, para Whitman, a mensagem era mais importante do que a forma, no sentido da tradição poética estabelecida na época, segunda metade do XIX.
Escrevo isso por estar pensando nos beatniks, mas antes em suas fontes.
Parafraseando Cortazar: Todas as fontes, a fonte.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Walt Whitman
Acho que por causa do filme do Walter Sales, On the road, do livro de Jack Kerouac, a poesia de Whitman me veio a mente.
Whitman foi chamado de pai por Ginsberg e acho que todos que pensaram numa sociedade livre no sèculo XX, tiveram contato com ele.
A força da cultura americana está na busca da libertação, num sentido diferente do pensamento europeu.
Mais luminoso, mais "americano", e entendo por americano essa coisa extremo ocidente da qual somos parte, holística, só para usar uma palavra sucinta.
PS: também foi filho de Whitman o grande Fernando Pessoa.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Novas fotos - inauguração do viaduto de Três Rios
No dia da inauguração o povo foi convidado a atravessar o viaduto junto com as autoridades. Ok, tem lá seu simbolismo, mas nós sabemos que a cidade, as cidades, hoje, são pensadas para o homo automobilis.
O ser humano sem sua carapaça metálica nunca é levado em conta.
Quando penso na campanha do CDL pela liberalização das ciclofaixas para os automóveis nos finais de semana fico a pensar no futuro que estamos construindo.
Tomara que seja um futuro que passe rápido para um outro modelo. O atual modelo urbano está afundando como carros em crateras surgidas no asfalto.
Novas fotos do viaduto em Três Rios - dia da inauguração
Demorei para postar essas fotos porque achei que as havia perdido, pois foram tiradas com um Nokia lumia 800 e eu custei a descobrir onde elas estavam, no note, depois da sincronização, na verdade ainda tenho algumas dúvidas, mas isso é o de menos pois daqui para a frente será ele minha câmera fotográfica, já que estou dando a Sony h50 como morta, uma pena.
Tenho outras fotos da inauguração e pretendo postá-las
É estranho pensar em inauguração de obra pública, coisa tão comum no Brasil, pelo aspecto político que ai se carrega. Afinal um viaduto é necessário, embora acho que um tipo de obra ultrapassado, mas daí inaugurá-lo e com um show cafona, fica-se na pergunta: para quem se governa? Só para manter o círculo vicioso do poder?
Nunca vi ninguém inaugurar rede de esgoto, isso sim seria importante, melhor que posto de saúde. Posto de saúde é pra doente, rede de esgoto é para evitar a doença.
Mas o povo foi a festa e se divertiu. Isso é saúde?
sábado, 14 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
O nome do viaduto em Três Rios
Tenho muitas críticas e questões acerca do viaduto, mas confesso que achei muito legal ele ser batizado com o nome do seu Antônio da farmacia. Mesmo que seja uma homenagem em algo tão duro e pouco humano, num sentido romântico,como é um viaduto.
Em maio de 2011 seu Antônio morreu e neste blog escrevi um texto sobre ele e a importância para a cidade, qualquer cidade, de pessoas como ele.
Quem quiser pode ler lá nos citados mês e ano conhecer um pouco dessa figura impar.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Novas fotos do viaduto em Três Rios - 14
Como se vê o viaduto está na fase final, aliás finalíssima, já que será inaugurado no dia cinco de julho, ou seja quinta feira depois de amanhã, a partir dessa postagem.
Esqueci de tirar as datas que aparecem nas fotos, fique registrado para efeito histórico.
Muitas polêmicas estão surgindo a medida que a obra vai ficando pronta. Tenho ouvido as mais variadas crítica, positivas e, sobretudo, negativas.
Pretendo comenta-las aqui, mas não agora. Até a próxima.
Ps: estão cobrindo várias partes com uma espécie de aço escovado = polêmica.
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