sábado, 5 de janeiro de 2013

Memórias de 2012

Se tem cantor adolescente escrevendo suas memórias em livros com mais de 80 páginas, não vejo nada de mais em escrever sobre o ano de 2012, que acabou de acabar e só durou 365 dias.
Os anos estão cada vez durando menos, pois lembro-me que na infância eles duravam muito mais, tudo se estendia imensamente e uma tarde no quintal podia levar a conquistas espaciais ou descobertas biológicas incríveis como as partes que compõem as minhocas, ou os tatus bolinha, ou levava à experiências como hibridez em plantas e coisas do gênero.
Na adolescência como custou a chegar o dia em que faria 18 anos, para poder assistir a todos os filmes que queria, já que falsificar carteirinha me parecia muito perigos, embora tenha usado deste expediente em alguma ocasião mais desafiadora.
Hoje mal levanto-me e a Terra já girou em torno de seu próprio eixo. Será ela que corre mais agora ou serei eu que presto menos atenção as coisas pequenas, essas sim que guardam mais tempo dentro de si? Não sei, lá se foi 2012 e muitas coisas que não fiz atormentam-me em sonhos como que exigindo reparações, exigindo seu lugar ao sol.
Por outro lado devo reconhecer que o ano passou como um roldão trazendo coisas inesperadas, realizando situações não imaginadas e desejadas só no inconsciente...
O mais louco de 2012 foi a brincadeira do fim do mundo, que temo, que no futuro algum antropólogo ou historiador leve a sério e diga que éramos um povo das trevas acreditando em mitologias obscuras, mas por outro lado o fanatismo religioso fez tantas aparições no citado ano que acho, eu mesmo, que vivemos em tempos de trevas intelectuais e existenciais.
Coisas boas sempre ocorrem, e já dizia Borges"Nesse mundo a beleza é comum".
Beleza agora se escreve assim: blz.
É isso, quase não tenho muito a dizer pois não quero entrar em miudezas.
Bom 2013 para todos!


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