quinta-feira, 31 de março de 2011

Relato da dengue

Dor em todo o corpo e especialmente  nas pálpebras, uma espécie de febre devaneante, frio, instabilidade intestinal e o pensamento entre o exasperado e o desesperado é o que a dengue é.
Dengue, essa doença é feia, desclassifica uma pessoa, pois vem de tudo de ruim que somos capazes de fazer socialmente: desastres ambientais, cidades imundas, falta de educação coletiva.
E eu estou com dengue.
Não sei se peguei em Três Rios ou Juiz de Fora. Agora isso pouco importa, para mim, mas importa para as outras pessoas que poderão vir a contrair a doença desse país emergente mas sem educação.
Não temos como reclamar, gostaria de processar alguém, afinal é algo que poderia ser evitado, mas as prefeituras não fazem sua parte, a população não faz sua parte, os deuses todos não fazem sua parte, ou seja, fica difícil culpar alguém quando sobra culpa para todos.
Então fui até a UPA, em TR, mas sentindo dores pelo corpo e com a paciência zerada, preferi voltar para casa a esperar todos anotarem nomes, passarem pela triagem 1 depois a 2 etc.
No posto de saúde havia centenas de pessoas para serem atendidas e o relógio marcava só 7:30 da manhã.
Vou ficar em casa bebendo água, tomando o analgésico indicado e torcendo para que isso passe logo e eu nunca mais tenha.
De qualquer forma é uma experiência bem brasileira...

2 comentários:

Nine disse...

Poxa, vida, Helyon, deve ser horrível mesmo ter essa doença.
Concordo c td o q vc relatou, menos na parte q fala de Deus, te respeito, mas creio mto no Senhor e sei q Ele vai te ajudar a melhorar.
Abraços,
Aline.

Anônimo disse...

Meu querido Helyon, ninguém merece! Sim, é a imundície das cidades, somada à falta de educação das pessoas (mas educação também se ensina se o espaço público prevenir e punir, o que a tucanalha não faz) que leva ao crescimento e epidemia dessa doença tropical que já devia estar extinta se houvesse higiene coletiva. Somos vítimas.
É revoltante. Mas, pelo amor de todos os deuses, se cuida! Se cuida!
Só assim mesmo que eu te vejo dengoso.
Eu te beijo preocupada.
Joana

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