segunda-feira, 30 de abril de 2012

Viaduto em Três Rios






Nessa sequência de fotos busquei mostrar o processo  de movimentação do vão central do viaduto que foi montado fora do local onde ficará definitivamente e que no mês de abril foi puxado para seu local definitivo, sobre a linha férrea.
Confesso que fiquei um pouco chocado com o tamanho dos arcos, que me parecem muito além da escala visual da área onde o viaduto está. Mas é claro que com o tempo, muitas coisas crescerão em volta. 
Tenho ouvido falar de várias obras que surgirão e dizem que até mesmo uma biblioteca moderna e mais do que necessária. Torço por isso. Três Rios precisa de uma biblioteca decente. Todas as cidades precisam, mas aqui parece que está demorando demais a chegar...
Tanto dinheiro circulando...é preciso investir em conhecimento, senhores empresários ou não haverá crescimento sustentável.









domingo, 29 de abril de 2012

Três Rios - imagens para quem tá longe

 pista de sk8
 Beira Rio, domingão à  tarde
 O Vale do Paraíba, uma paisagem brasileira!
 A cidade vista da ponte e o Rio paraíba do Sul.
 Horto Florestal, com produção de mudas que estão, lentamente, que pena, reflorestando a cidade.
Apanhe uma muda lá e contribua!
 A margem direita do Rio Paraíba do Sul e abaixo, um pato em uma ilha do citado rio.
Recebi o comentário do Leandro Vogel, que está do outro lado do Atlântico e me animei a tirar umas fotos de Três Rios, neste domingo meio que chuvoso de outono.
Todos sabemos que Três Rios apresenta uma série de problemas de infra estrutura, principalmente pelos bairros, que não são vistos "por olhos estrangeiros", mas, pelo menos nessa postagem, resolvi mostrar o que sempre vejo de bom, até porque é preciso ter alguma boa vontade ou esperança e nos lançarmos na construção de algo melhor... pirei?
Que nada, aprendi no Vila Sésamo: Todo dia é dia, toda hora é hora, de saber que esse mundo é seu...

Cenas de Ibitipoca

 Todas essas fotos foram feitas na Pousada Alto dos Manacás.
Essa primeira, da janela de um dos quartos do segundo andar.
 No caminho encontra-se esse banco mágico.
 Sentado no banco, o que se vê é a foto abaixo.
 Um bom local para sonhar...
O mesmo caminho na volta para a pousada, que Marise Vasconcellos trata com muito carinho.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Novas fotos da construção do viaduto em Três Rios -9






A construção do viaduto chega a seu momento decisivo. Pelo menos para nós que não somos engenheiros é motivo de debate o "arrastar" da parte central, feito em aço e praticamente já concluída, sobre roldanas de modo a uni-la a parte de concreto também praticamente concluída.
Como se pode ver pelas fotos um cabo de aço fará isso. Ele já está posicionado há alguns dias, mas ainda aguardamos a data o acontecimento. 
Espero poder filmar embora tenham me dito que isso deverá demorar uns quatros dias para ser completado, parece que não se pode atrapalhar a MRS, empresa que manda na linha férrea, que enlouquece a cidade.
O trânsito, do lado da Rua Nelson Viana está caótico, acho que as coisas não podem piorar mais...
Aguardamos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

De livros e filmes - 7

Shame

Confesso que não concordo com o título do filme. Não acho que esse título revele a exata condição das personagens.
Porque vergonha vem de alguma coisa chamada culpa e nem elas a sentem e nem elas são culpados. Elas são apenas o produto da sociedade ocidental, que desde quando(?) aposta no individualismo exacerbado para garantir os valores caros ao capitalismo no seu formao atual, onde o que importa é a satisfação imediata através da realização do desejo.
Exemplo o desejo de um ipod ou o desejo de gozar.
Michael Fassbender encarna um viciado em sexo, ou melhor não exatamente isso, mas alguém que pensa no outro apenas como objeto da realização do seu desejo imediato o que torna impossível o simples vislumbre de um relacionamento mais aprofundado, porque isso significaria ter de compartilhar e não há nada a ser compartilhado. Como as ruas de NY vazias ao longo do filme, o caminho interior também está vazio.
Disse o crítico do jornal que o filme representa o vazio da gerações atuais no que tange a relação entre o eu e o outro.
Não sei se é assim tão simples, quantos filmes de Antonioni, ou Pasolini ou Kouri, não trataram do mesmo tema.
Acho que é recorrente do humano a incomunicabilidade.
O que se radicalizou é que agora essa incomunicabilidade não serve apenas para debates elegantes, atende aos interesses do mercado e aos poucos falar sobre isso vai se tornando bizarro até que se torne cafona e por fim nos repreendam por falarmos de algo como "um sistema sócio econômico que nos transformou em baterias apenas para recarregá-lo" e então nos encontremos dentro de nossas bolhas cheios de gadgets e cegos.
Mas sentir vergonha por sermos o que o mundo nos leva a ser, não acho correto.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

prá não dizer...

Novas fotos da construção do viaduto em Três Rios - 8






...caia a tarde, feito um viaduto...

domingo, 8 de abril de 2012

Dormir a tarde toda

Levantar cedo
ler o jornal
vai chover ou fazer sol?
passear com o cão
eu sei quem eu sou!
almoçar e tomar um vinho
o sono do vinho
o sonho do vinho
in vino veritas ou
será melhor parar por aqui?
um pombo geme
no telhado
eu acho ruim esse arrulhar à la Poe
e disse o pombo:
mas era uma tv a cabo
acabo
aqui o sono da tarde.
eu sempre quis amanhecer...
se isso não é o Manoel,
então não sei...
quem sou?
Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás...
que sendo assim
não acabe mal,
na imaginária ilha, do Bacanal.

sábado, 7 de abril de 2012

Novas fotos da construção do viaduto em Três Rios - 7





Sábado de Aleluia, no calendário cristão...
Saio à rua, meio besta, lá pelas 9 horas da manhã e me deparo com um trânsito já insano e muita, muita gente nas ruas. Resolvo ir para o outro lado do rio, onde ainda o cheiro da manhã lavada pela chuva noturna prevalece. Sento no jardim e fico por ali pensando. Mas bate a vontade de tomar uma cerveja e vou até o bar do Paulo. Encontro uns amigos tomo aquela cerveja que abre o apetite e volto para a cidade.
 As cenas são inacreditáveis: filas em lojas de chocolate, filas enormes e todos esperam sua vez de comprar o chocolate como se fosse a melhor coisa a fazer nessa manhã de sábado.
O Brasil caiu sobre o Brasil e me assusta o fato de ser esse consumismo exacerbado o que torna as pessoas felizes.
A quantidade de automóveis, o motivo pelo qual se ergue esse viaduto: os carros não podem parar. Nós não podemos parar.
O movimento frenético indica uma falta enorme de educação, ninguém consegue ser gentil.
Vejo alguns acidentes, nada grave, mas evitáveis, bastava...
Taí o viaduto assumindo sua forma godizílica.
O Brasil não pode parar...
nem para pensar...

terça-feira, 3 de abril de 2012

De livros e filmes 6

Flores de Kirkuk e Pina

Talvez esses dois filmes não tenham nada a ver entre si, talvez tenham.
Escolha você.
As flores de Kirkuk, trata do romance entre uma árabe, do Iraque e de um curdo, da região curda do norte do mesmo país, no momento em que o regime de Saddam está empenhado, como os de outros países onde há curdos, em esmagar esse povo.
O romance só é possível porque os dois protagonistas se conheceram numa universidade italiana.
Por artimanhas do roteiro os dois agora estão em Kirkuk, numa situação explosiva de interesses econõmicos e politicos especialmente por parte da família da mocinha, que como tantas famílias do país deveriam se curvar ao ditador, para que seus interesses fossem reconhecidos legítimos.
Dá tudo errado e a jornada é de muita dor e sofrimento, não só do casal, mas de todo um povo.
Os curdos são um dos povos mais mal tratados da história contemporânea, mas quem realmente se importa?
É um filme triste, onde há poucas esperanças no horizonte e o sacrifício da mulher, revela que o preço é sempre alto onde as pessoas são invisíveis.
O outro filme, é Pina, sobre a grande coreógrafa e bailarina, que eu tive a honra de assistir num espetáculo no Municipal há muitos anos atrás.
Pina nunca brincou no palco, está lá com uma força cruel e delicada tratando da impossibilidade humana.
Há lá alguma esperança, mas também somos representados sós e invisíveis em seus balés, cercados pelo mundo em queda vertiginosa rumo aos vazios da existência.
O sacrifício da heroína em Kirkuk, pode muito bem ser uma dança de Pina. Alguma esperança, para algo desesperançado.