Flores de Kirkuk e Pina
Talvez esses dois filmes não tenham nada a ver entre si, talvez tenham.
Escolha você.
As flores de Kirkuk, trata do romance entre uma árabe, do Iraque e de um curdo, da região curda do norte do mesmo país, no momento em que o regime de Saddam está empenhado, como os de outros países onde há curdos, em esmagar esse povo.
O romance só é possível porque os dois protagonistas se conheceram numa universidade italiana.
Por artimanhas do roteiro os dois agora estão em Kirkuk, numa situação explosiva de interesses econõmicos e politicos especialmente por parte da família da mocinha, que como tantas famílias do país deveriam se curvar ao ditador, para que seus interesses fossem reconhecidos legítimos.
Dá tudo errado e a jornada é de muita dor e sofrimento, não só do casal, mas de todo um povo.
Os curdos são um dos povos mais mal tratados da história contemporânea, mas quem realmente se importa?
É um filme triste, onde há poucas esperanças no horizonte e o sacrifício da mulher, revela que o preço é sempre alto onde as pessoas são invisíveis.
O outro filme, é Pina, sobre a grande coreógrafa e bailarina, que eu tive a honra de assistir num espetáculo no Municipal há muitos anos atrás.
Pina nunca brincou no palco, está lá com uma força cruel e delicada tratando da impossibilidade humana.
Há lá alguma esperança, mas também somos representados sós e invisíveis em seus balés, cercados pelo mundo em queda vertiginosa rumo aos vazios da existência.
O sacrifício da heroína em Kirkuk, pode muito bem ser uma dança de Pina. Alguma esperança, para algo desesperançado.
Talvez esses dois filmes não tenham nada a ver entre si, talvez tenham.
Escolha você.
As flores de Kirkuk, trata do romance entre uma árabe, do Iraque e de um curdo, da região curda do norte do mesmo país, no momento em que o regime de Saddam está empenhado, como os de outros países onde há curdos, em esmagar esse povo.
O romance só é possível porque os dois protagonistas se conheceram numa universidade italiana.
Por artimanhas do roteiro os dois agora estão em Kirkuk, numa situação explosiva de interesses econõmicos e politicos especialmente por parte da família da mocinha, que como tantas famílias do país deveriam se curvar ao ditador, para que seus interesses fossem reconhecidos legítimos.
Dá tudo errado e a jornada é de muita dor e sofrimento, não só do casal, mas de todo um povo.
Os curdos são um dos povos mais mal tratados da história contemporânea, mas quem realmente se importa?
É um filme triste, onde há poucas esperanças no horizonte e o sacrifício da mulher, revela que o preço é sempre alto onde as pessoas são invisíveis.
O outro filme, é Pina, sobre a grande coreógrafa e bailarina, que eu tive a honra de assistir num espetáculo no Municipal há muitos anos atrás.
Pina nunca brincou no palco, está lá com uma força cruel e delicada tratando da impossibilidade humana.
Há lá alguma esperança, mas também somos representados sós e invisíveis em seus balés, cercados pelo mundo em queda vertiginosa rumo aos vazios da existência.
O sacrifício da heroína em Kirkuk, pode muito bem ser uma dança de Pina. Alguma esperança, para algo desesperançado.
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