quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
New York - 3
Já dizia Baudelaire, e caso não tenha sido ele quem tenha dito isso, perdoem-me: O ar das cidades torna o homem livre.
Pode ter sido Verlaine, mas sei que não foi Rimbaud, esse era meio que mal humorado...
Só tergiversei assim, para parecer sofisticado; mas o que quero dizer é que "não há cidade como Nova York".
NYC, são todas as cidades, não é nenhuma delas e é complementar.
Ser um humano em NYC, é ser um humano, ser um humano diante dos outros e nisso expor sua capacidade de ver o outro. Dar-se a si mesmo o direito de ser também alguém...
NYC não está em nenhum continente. Todos os continentes estão nela.
Roseira na beira do Central Parque...
Pode ter sido Verlaine, mas sei que não foi Rimbaud, esse era meio que mal humorado...
Só tergiversei assim, para parecer sofisticado; mas o que quero dizer é que "não há cidade como Nova York".
NYC, são todas as cidades, não é nenhuma delas e é complementar.
Ser um humano em NYC, é ser um humano, ser um humano diante dos outros e nisso expor sua capacidade de ver o outro. Dar-se a si mesmo o direito de ser também alguém...
NYC não está em nenhum continente. Todos os continentes estão nela.
Roseira na beira do Central Parque...
terça-feira, 29 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Ciclofaixa em Três Rios e stress urbano
Acabo de ler no Entrerrios Jornal que o CDL, quer que a prefeitura flexibilize o uso das ciclofaixas nos finais de semana e nos dias próximos a feriados para que possam servir de estacionamento para automóveis, uma vez que há falta de vagas para esses.
As ciclofaixas não são apenas usadas pelos ciclistas, mas também por pedestres uma vez que em anos passados as calçadas foram retiradas pelo prefeito Alberto Lavinas, com o objetivo de abrir as ruas aos automóveis, uma vez que parece que esse ex prefeito não dava valor ao pedestre contribuinte e progresso deve significar encher as ruas de automóveis...
A cidade ficou anos sem calçadas e desenvolveu-se a cultura do 'para os que usam carro tudo, para o resto da população, os riscos".
Custamos a ter um prefeito que tivesse uma visão mais humanista da cidade, apesar de tantos erros no que tange a entupir a cidade de empresas sem, de fato, me parece, haver um plano urbano sustentável, mas pelo menos recuperamos as calçadas e de bonus surgiram as ciclofaixas, ideais para uma cidade relativamente plana como Três Rios e, então, vem tão vem o pessoal do CDL com essa ideia perigosa para os cidadãos da cidade.
O pior é que mesmos muito pedestres e ciclistas são capazes de apoiar uma vez que parece muito mais moderno seguir o exemplo de São Paulo e vivenciar o inferno de centenas de quilometros de retenção, nome mais elegante para engarrafamento, palavra que nos leva direto para a ideia de falta de planejamento e subdesenvolvimento.
Espero, sinceramente, que essa ideia não vá para frente, pois a cidade está chegando num perigoso nível de stress viário e nisso não há nada que possa lembrar boa qualidade de vida urbana.
As ciclofaixas não são apenas usadas pelos ciclistas, mas também por pedestres uma vez que em anos passados as calçadas foram retiradas pelo prefeito Alberto Lavinas, com o objetivo de abrir as ruas aos automóveis, uma vez que parece que esse ex prefeito não dava valor ao pedestre contribuinte e progresso deve significar encher as ruas de automóveis...
A cidade ficou anos sem calçadas e desenvolveu-se a cultura do 'para os que usam carro tudo, para o resto da população, os riscos".
Custamos a ter um prefeito que tivesse uma visão mais humanista da cidade, apesar de tantos erros no que tange a entupir a cidade de empresas sem, de fato, me parece, haver um plano urbano sustentável, mas pelo menos recuperamos as calçadas e de bonus surgiram as ciclofaixas, ideais para uma cidade relativamente plana como Três Rios e, então, vem tão vem o pessoal do CDL com essa ideia perigosa para os cidadãos da cidade.
O pior é que mesmos muito pedestres e ciclistas são capazes de apoiar uma vez que parece muito mais moderno seguir o exemplo de São Paulo e vivenciar o inferno de centenas de quilometros de retenção, nome mais elegante para engarrafamento, palavra que nos leva direto para a ideia de falta de planejamento e subdesenvolvimento.
Espero, sinceramente, que essa ideia não vá para frente, pois a cidade está chegando num perigoso nível de stress viário e nisso não há nada que possa lembrar boa qualidade de vida urbana.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Lembranças de viagem - Bolívia I
Dos poucos países que conheço, arrisco a dizer que a Bolívia é o que mais me encantou. Me encantou pelo povo, pelo imaginário, pelas paisagens, pela história, pela força da cultura dos povos originários e sua força política.
Essa viagem data de outubro de 2010, antes do início desse blog, farei um apanhado das fotos que tirei por lá. Nessa primeira etapa de cima para baixo vemos: manifestação de aimarás em La Paz pelo pagamento de benífícios a indígenas com deficiência física ou metal, depois bandeiras de vários países no salar Uyuni, "ilha" no meio do Salar, com cactus com mais de 2 mil anos de idade, aldeia claramente pré colombiana, nos limites entre o Salar e o Siloli, um outro deserto, lagoa hedionda, o nome se refere ao desagrádavel cheiro do enxofre, há ali um vulcão, e está a mais de 4mil metros de altitude, com temperaturas de menos 10, menos 20 graus, esse que vos escreve em frente a lagoa, flamingos, mapa da região do Uyuni e Siloli, próximo ao Atacama chileno.
Continua, (to be continued)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Jardins
O que procura o cão no jardim?
Um jardim sempre lembrará a alguém a beleza da natureza disposta harmoniosamente.
Um jardim sempre será o local onde um homem pode respirar com calma, diante da natureza e do desconhecido.
Um jardim sempre levará a novos jardins.
Há jardins onde os caminhos (senderos) se bifurcam.
Mas os jardins, são, claramente, a intervenção humana na natureza, hostil, selvagem, incompreensível.
Os jardins foram criados para provar que podemos domesticar tudo, para provar que podemos dominar o mundo.
Os jardins são racionais. Os jardins desafiam a existência de deus.
Os jardins anunciam o grande acelerador de partículas.
Os jardins são Viena fin de siècle.
segunda-feira, 7 de maio de 2012
De livros e filmes - 8
Xingu
O mais trágico da história do Brasil, é que nela, há uma guerra escondida.
Uma guerra não nomeada como guerra e que no entanto se desenrola a quinhentos anos, desde que os portugueses aqui chegaram.
Essa guerra não dita, é contra o povo que aqui ainda vive, aos trancos e barrancos e que paga caro para que possamos ocupar o território, abrir as "novas fronteiras agrícolas'...
Sempre me irritei com os irmãos Vilas Boas. Só me acalmei quando li "A marcha para o Oeste".
Em última análise eles não sabiam o que estavam começando, mas acabaram sabendo o que estavam terminando e isso os redime...
Mas não redime nossa história.
Rondon, os Vilas Boas e se olharmos para trás até os naturalistas europeus, além é claro, os bandeirantes, nada mais fizeram que abrir as veias da América Latina... e escrevo assim só para fazer uma citação que por fim me faça parecer sofisticado...mas a questão é muito séria, é mesmo uma questão dura, pois civilizações foram e estão sendo destruídas e não é um filme que, bonito, pois a luz do centro oeste é selvagem e bela, que vai, redimindo os sertanistas, nos redimir como povo ocupante.
Se hoje já não podemos falar assim, o que podemos falar sobre os posseiros, os fazendeiros, a bancada ruralista, os homens fogosos com a motosserra na mão?
Há índios sendo mortos agora e eu estou no meu quarto, confortavelmente instalado na frente de um computador, escrevendo isso e depois vou comer alguma coisa... não sem um certo desconforto, mas mais o quê?
Na Piauí de abril, Fernanda Torres escreveu um belo texto sobre a sua experiência filmando Kuarup, a partir do momento que viu o trailer de Xingu.
Achei bonito quando ela disse que somos os índios, porque ela entendeu a força deles e da natureza do Brasil. Do Brasil que dificilmente tocamos aqui na roda viva das cidades.
Mas eu entendi que somos índios enquanto lia o texto da Fernanda, por que a guerra brasileira nos atinge na nossa humanidade.
Atinge a humanidade.
O mais trágico da história do Brasil, é que nela, há uma guerra escondida.
Uma guerra não nomeada como guerra e que no entanto se desenrola a quinhentos anos, desde que os portugueses aqui chegaram.
Essa guerra não dita, é contra o povo que aqui ainda vive, aos trancos e barrancos e que paga caro para que possamos ocupar o território, abrir as "novas fronteiras agrícolas'...
Sempre me irritei com os irmãos Vilas Boas. Só me acalmei quando li "A marcha para o Oeste".
Em última análise eles não sabiam o que estavam começando, mas acabaram sabendo o que estavam terminando e isso os redime...
Mas não redime nossa história.
Rondon, os Vilas Boas e se olharmos para trás até os naturalistas europeus, além é claro, os bandeirantes, nada mais fizeram que abrir as veias da América Latina... e escrevo assim só para fazer uma citação que por fim me faça parecer sofisticado...mas a questão é muito séria, é mesmo uma questão dura, pois civilizações foram e estão sendo destruídas e não é um filme que, bonito, pois a luz do centro oeste é selvagem e bela, que vai, redimindo os sertanistas, nos redimir como povo ocupante.
Se hoje já não podemos falar assim, o que podemos falar sobre os posseiros, os fazendeiros, a bancada ruralista, os homens fogosos com a motosserra na mão?
Há índios sendo mortos agora e eu estou no meu quarto, confortavelmente instalado na frente de um computador, escrevendo isso e depois vou comer alguma coisa... não sem um certo desconforto, mas mais o quê?
Na Piauí de abril, Fernanda Torres escreveu um belo texto sobre a sua experiência filmando Kuarup, a partir do momento que viu o trailer de Xingu.
Achei bonito quando ela disse que somos os índios, porque ela entendeu a força deles e da natureza do Brasil. Do Brasil que dificilmente tocamos aqui na roda viva das cidades.
Mas eu entendi que somos índios enquanto lia o texto da Fernanda, por que a guerra brasileira nos atinge na nossa humanidade.
Atinge a humanidade.
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