quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Angola - 2

Então falava de Angola, um país que não conheço.
Mas que lentamente foi se juntando às minhas lembranças imaginárias ou as lembranças do futuro, porque eu pretendo conhecer esse país, tão longe tão perto de nós brasileiros.
País que vem se apropriando de mim através da literatura que aos poucos descubro
ou recupero pois hoje, pesquisando nas minhas estantes, estantes essas onde os livros se escondem, pois que estão guardados sem nenhum rigor bibliotecário, encontrei um outro angolano, comprado num sebo provavelmente no Rio de Janeiro: Antonio Jacinto, título: Sobreviver em Tarrafal de Santiago, sendo Tarrafal a prisão caboverdiana onde foi mantido por atividades contra o Império português.
O livro, aliás é uma edição angolana do Instituto Nacional do Livro e do Disco, o que, diga-se de passagem me pareceu bem interessante, pretendo pesquisar a respeito.
Outro detalhe desse livro que possuo é o fato de haver nele uma dedicatória, de uma mulher angolana para sua irma, esta última vivendo aqui no Brasil.
O que me levou a pensar no destino dos livros, as vezes tão melancólicos como o destino das pessoas. Quem seriam essas irmãs? Por que tal livro foi dispensado e terminou na minha estante?
Outro detalhe: a mulher que escreveu a dedicatória se trata como tia e também trata assim a sua irmã chamando-a de tia Angélica.
Qual palavra estará fora do nosso contexto? Tia ou irmã? Uma outra pesquisa interessante sobre formas de tratamento em Angola.
A dedicatória é de 1987, o livro também deve ser dos anos 80, mas não consta a data. 

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