terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Agruras de um pedestre

Ou um idiota, se pensarmos: por que esse cara não tem um carro?
Porque todos nós sabemos, é obrigatório ter um carro. Um carro é um penis extra, um dado do status, é um símbolo da realização em qualquer nível que você pensar.
Mas eu não tenho um carro, estou portanto, fadado aos cem anos de solidão, previsto por Gabriel Garcia Marques e que se contrapõem aos quinze minutos de fama do Walhorl.
Em qualquer cidade do Brasil o sistema de transporte público é um lixo. Penso no Rio, em Juiz de Fora e em Três Rios.
Não há uma concorrência legítima entre empresas, quando as vezes nem há concorrência alguma.
Parece que as pessoas, abduzidas por algo que lhes come o cérebro, nem se importam, e depois os estranhos estão na Coréia do Norte.
Espere por horários e não os terá. Um ônibus para a rodoviária de Juiz de Fora demorou meia hora, ou melhor eu desisti e voltei para a casa. Depois eu pego um taxi, ainda bem que não é o Rio, tem menos bandalha.
Insisto em acreditar que nosso povo pode se tornar um bom povo da Terra, mas como me acusou alguém um dia, eu sou um ingênuo.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Novas fotos da construção do viaduto em Três Rios - 2





quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cinema em Tiradentes/MG




Século XVIII - Século XXI
Só o cinema compra essa passagem das horas.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

No hay banda

El cielo como bandera.

De livros e filmes - 3

Estava dizendo para uma amiga  _ esse livro é o livro que eu sempre quis ler, só estava esperando ele ser escrito.
Pode parecer exagero é verdade e então num domingo desses, estava lendo a coluna do Caetano Veloso no Globo sobre não sei mais qual asssunto, é verdade que minha memória anda muito seletiva, mas devia ser algo interessante, o Caetano é interessante, quando lá estava uma citação sobre neurociência e o nome do livro, motivo deste texto: A ilusão da alma.
A ilusão da alma foi escrito por Eduardo Giannetti, depois que um nódulo foi detectado em seu cérebro, depois de ele ter tido uma operação bem sucedida e por fim depois de entrar numa "crise" filosófica sobre o que, afinal é o cérebro, a mente, o que significam as crenças, até onde a filosofia pode ir e por fim encontrar respostas plausiveis na neurociêcia.
Então é um livro sobre neurociencia e onde ela se encontra com a filosofia e a psicanálise e onde de repente torna ao menos a psicanálise obsoleta (talvez aqui eu esteja exagerando).
Sempre quis ler esse livro, mesmo antes dele existir, porque nele há esse encontro entre essas três formas de conhecimento. Já li vários livros de neurociência, filosofia ou psicanálise, mas esse foi o que colocou os três em "confronto".
É um livro que choca um pouco pela forma como o autor se desnuda, mas nesse desnudar-se ele nos leva a pensar como essas questões podem ser determinantes para nossa vida.
Não há possibilidade da existência de deus apartir das discussões da neuriociência, só como um penduricalho humano demasiado humano, mas o autor não faz disso uma questão ideológica. Simplesmemte não é essa a questão.
Por fim a neurocência tráz a questão para abalar o século XXI: o EU como uma ilusão produzida pelas reações físico-químicas produzidas no cérebro, cujo interesse é produzir reações físico-químicas para existir.
Copérnico, Darwin, Neurociência.
PS: há um debate interessante sobre Sócrates e Demócrito de Abdera, sendo esse último um pai distante da neurociêcia, digamos assim. Um debate instigante. Vale a pena ler.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De livros e filmes 2

Já que o debate sobre o livro Privataria Tucana continua e alguns amigos estejam especialmente interessados nesse livro, resolvi compra-lo para ler o mais rápido possível e poder dar minha opiniões. Assim entrei na livraria, peguei o livro da estante, paguei no caixa e já ia saindo da loja quando um dos vendedores me disse: -você é petista... Saquei logo o potencial do livro. Só de compra-lo algo já se indicava. Uma tempestade tomou conta de minha mente: o que responder? Eu sou, era, serei petista? Na verdade para dar essa resposta eu precisa pensar na minha história política, não num sentido aristotélico, mas num sentido da política partidária, e eu tenho uma história para contar. Aqui não com riqueza de detalhes, mas da qual não posso deixar de sentir um certo orgulho.
Desde adolescente participei de atos contra a ditadura militar, mesmo na repressiva escola estadual em que estuda em Juiz de Fora, depois na UFF, em Niterói cursando História era impossível não tomar possição a respeito dos acontecimentos. Foi assim que participei do DA e depois me uni a um grupo que além de pichações anti ditadura ia para a porta dos estaleiros de Niterói vender o jornal O Companheiro, as 4 ou 5 horas da mnhã, hora em que mudava o turno dos operários, se bem me lembro...
Nessa época surgia em São Paulo o PT, fundado pelo Lula e outros tantos intelectuais e trabalhadores ( alías antes de entrar na UFF, assisti com uma amiga a uma palestra do Lula em Três Rios, para os operários da Companhia Santa Matilde, cujo sindicato, no final dos anos 70, me parece, hoje, não sei mesmo, bastante atuante).
Pois enquanto o PT surgia havia uma campanha de filiação partidária, para dar sustentação ao partido novo e foi nessa que me filiei, depois houve uma espécie de recadastramento e não me recadastrei, vai daí que não sei se sou cadastrado ainda.
No meio dos anos 80 desbundei geral, queria mais é festa, havia acabado a ditadura ( pelo menos pró forma) e também havia um cansaço, mas nunca me desliguei dos aconteciemntos políticos e sempre votei no PT. Até hoje tenho horror da rede globo pela edição do debate entre o Lula e o collor (toc toc), na primeira eleição. Acho, para dizer o mínimo, que rede globo é uma força anti democrática nesse país...
Se sou petista, não sei responder firmemente, mas fico feliz de ver que há um projeto em andamento, tentando dar conta de um novo país, diferente daquele das eleites que bancaram a escravidão por 300 anos e que ainda hoje gemem de horror ao ver que o povo pode ter uma vida melhor.
Vou dar o endereço desse blog para o cara da livraria, espero que ele entenda como é importante participar dos acontecimentos políticos e num sentido grego querer construir o futuro da cidade.
Ainda nem abri o livro e ele já está gerando questionamentos, parece que vai fluir, depois veremos.

De livros e filmes - 1

No apagar das luzes (que estilo hein...), de 2011, comprei o livro Bombaim de Suketu Mehta, jornalista professor e pesquisador indiano radicado em Nova York, (que ninguém é de ferro).
Foi um dos melhores livros que li no citado ano, em que muitos livros foram lidos por mim, alguns também muito bons outros toleraveis e alguns claro, que não levei até o fim, porque é um dos direitos dos leitores abandonar um livro em qualquer página, se se tornou desagradável. Aliás é direito humano abandonar o que se tornou desagradável, seja o que for, ninguém está aqui para insistir em bobagens...
Bombaim é um livro sobre essa que dizem ser a mais ocidental das cidades indianas, até onde isso é possível imagino. Uma cidade sobre a qual nunca havia pensado nada, aliás ao sugerir a leitura à um amigo ele se declarou enfastiado com o chamado subcontinente: -Gente demais, foram suas palavras. E o livro confirma esse gente demais de forma caótica ao relatar as histórias de violência politica, sexual e existencial com a qual os habitantes daquela cidade convivem.
É um livro extraordinário pela forma como o autor o desenvolve e então convivemos com histórias cruéis e doces apresentadas de forma saborosa. Dificil largar o livro de 581 páginas.
Enquanto lia sobre as atrocidades políticas e criminais da cidade indiana, pensava em como, tanta coisa ali relatada pode ser comparada com o que vemos e ouvimos falar sobre nossas cidades, no âmbito da extorsão, violência sexual, sequestros, chantagem e coisas do mesmo naipe. Não me pareceu que haja uma diferença muito grande entre Bombaim e São Paulo, por exemplo, para não citar o Rio, que já cansou de aparecer nas manchetes policias ou mesmo nossas cidades do interior, de imprensa comprometida, neutralizada e violência disfarçada.
Também não falta segregação, mas uma coisa é diferente, lá a guerra religiosa entre hindus e muçulmanos está sempre prestes a estourar, aqui cresce o fundamentalismo cristão (digo dessa forma para não parecer intolerante, mas eu sou com relaçao a interferência cada vez maior de religiosos e pseudo religiosos em nossa vida e em nosso Estado, que eu quero laico), mas ainda há tempo de evitarmos um atropelo político-religioso.
Claro que Bombaim parece mais suja que Rio ou São Paulo, mas isso ai temos que averiguar melhor.E há no livro, não sei como, um delicioso cheiro de curry. Nem que fosse uma samosa eu comeria agora.
PS: hoje Bombaim se chama Mumbai, parece que foi um jeito que eles encontraram para diminuir os problemas da cidade...

Volto depois com outros comentários sobre livros e/ou filmes. 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Enquanto isso no quintal...

Ipê Verde.
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart
Família bignoniacea

Ipê Verde  (vagem das sementes)

Araçá

Araçá com frutos

Sobre o nome científico dessa árvore especificamente (araçá) estou em dúvida, pois existem dois tipos com diferença na floração e eu esqueci como eram as flores, mas como a árvore está no meu quintal do outro lado do rio Paraíba do Sul, em Três Rios-RJ, em breve terei essa informação disponível...
O ipê verde foi motivo de controvérsia com alguns amigos, é uma árvore pouco conhecida, mas no livro Árvores do Brasil, está lá, inclusive com fotos das flores verdes, que, por suposto, são pouco visíveis.
É verão no Brasil!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Novas fotos da construção do viaduto em Três Rios