terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Agruras de um pedestre

Ou um idiota, se pensarmos: por que esse cara não tem um carro?
Porque todos nós sabemos, é obrigatório ter um carro. Um carro é um penis extra, um dado do status, é um símbolo da realização em qualquer nível que você pensar.
Mas eu não tenho um carro, estou portanto, fadado aos cem anos de solidão, previsto por Gabriel Garcia Marques e que se contrapõem aos quinze minutos de fama do Walhorl.
Em qualquer cidade do Brasil o sistema de transporte público é um lixo. Penso no Rio, em Juiz de Fora e em Três Rios.
Não há uma concorrência legítima entre empresas, quando as vezes nem há concorrência alguma.
Parece que as pessoas, abduzidas por algo que lhes come o cérebro, nem se importam, e depois os estranhos estão na Coréia do Norte.
Espere por horários e não os terá. Um ônibus para a rodoviária de Juiz de Fora demorou meia hora, ou melhor eu desisti e voltei para a casa. Depois eu pego um taxi, ainda bem que não é o Rio, tem menos bandalha.
Insisto em acreditar que nosso povo pode se tornar um bom povo da Terra, mas como me acusou alguém um dia, eu sou um ingênuo.




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