No apagar das luzes (que estilo hein...), de 2011, comprei o livro Bombaim de Suketu Mehta, jornalista professor e pesquisador indiano radicado em Nova York, (que ninguém é de ferro).
Foi um dos melhores livros que li no citado ano, em que muitos livros foram lidos por mim, alguns também muito bons outros toleraveis e alguns claro, que não levei até o fim, porque é um dos direitos dos leitores abandonar um livro em qualquer página, se se tornou desagradável. Aliás é direito humano abandonar o que se tornou desagradável, seja o que for, ninguém está aqui para insistir em bobagens...
Bombaim é um livro sobre essa que dizem ser a mais ocidental das cidades indianas, até onde isso é possível imagino. Uma cidade sobre a qual nunca havia pensado nada, aliás ao sugerir a leitura à um amigo ele se declarou enfastiado com o chamado subcontinente: -Gente demais, foram suas palavras. E o livro confirma esse gente demais de forma caótica ao relatar as histórias de violência politica, sexual e existencial com a qual os habitantes daquela cidade convivem.
É um livro extraordinário pela forma como o autor o desenvolve e então convivemos com histórias cruéis e doces apresentadas de forma saborosa. Dificil largar o livro de 581 páginas.
Enquanto lia sobre as atrocidades políticas e criminais da cidade indiana, pensava em como, tanta coisa ali relatada pode ser comparada com o que vemos e ouvimos falar sobre nossas cidades, no âmbito da extorsão, violência sexual, sequestros, chantagem e coisas do mesmo naipe. Não me pareceu que haja uma diferença muito grande entre Bombaim e São Paulo, por exemplo, para não citar o Rio, que já cansou de aparecer nas manchetes policias ou mesmo nossas cidades do interior, de imprensa comprometida, neutralizada e violência disfarçada.
Também não falta segregação, mas uma coisa é diferente, lá a guerra religiosa entre hindus e muçulmanos está sempre prestes a estourar, aqui cresce o fundamentalismo cristão (digo dessa forma para não parecer intolerante, mas eu sou com relaçao a interferência cada vez maior de religiosos e pseudo religiosos em nossa vida e em nosso Estado, que eu quero laico), mas ainda há tempo de evitarmos um atropelo político-religioso.
Claro que Bombaim parece mais suja que Rio ou São Paulo, mas isso ai temos que averiguar melhor.E há no livro, não sei como, um delicioso cheiro de curry. Nem que fosse uma samosa eu comeria agora.
PS: hoje Bombaim se chama Mumbai, parece que foi um jeito que eles encontraram para diminuir os problemas da cidade...
Volto depois com outros comentários sobre livros e/ou filmes.
Foi um dos melhores livros que li no citado ano, em que muitos livros foram lidos por mim, alguns também muito bons outros toleraveis e alguns claro, que não levei até o fim, porque é um dos direitos dos leitores abandonar um livro em qualquer página, se se tornou desagradável. Aliás é direito humano abandonar o que se tornou desagradável, seja o que for, ninguém está aqui para insistir em bobagens...
Bombaim é um livro sobre essa que dizem ser a mais ocidental das cidades indianas, até onde isso é possível imagino. Uma cidade sobre a qual nunca havia pensado nada, aliás ao sugerir a leitura à um amigo ele se declarou enfastiado com o chamado subcontinente: -Gente demais, foram suas palavras. E o livro confirma esse gente demais de forma caótica ao relatar as histórias de violência politica, sexual e existencial com a qual os habitantes daquela cidade convivem.
É um livro extraordinário pela forma como o autor o desenvolve e então convivemos com histórias cruéis e doces apresentadas de forma saborosa. Dificil largar o livro de 581 páginas.
Enquanto lia sobre as atrocidades políticas e criminais da cidade indiana, pensava em como, tanta coisa ali relatada pode ser comparada com o que vemos e ouvimos falar sobre nossas cidades, no âmbito da extorsão, violência sexual, sequestros, chantagem e coisas do mesmo naipe. Não me pareceu que haja uma diferença muito grande entre Bombaim e São Paulo, por exemplo, para não citar o Rio, que já cansou de aparecer nas manchetes policias ou mesmo nossas cidades do interior, de imprensa comprometida, neutralizada e violência disfarçada.
Também não falta segregação, mas uma coisa é diferente, lá a guerra religiosa entre hindus e muçulmanos está sempre prestes a estourar, aqui cresce o fundamentalismo cristão (digo dessa forma para não parecer intolerante, mas eu sou com relaçao a interferência cada vez maior de religiosos e pseudo religiosos em nossa vida e em nosso Estado, que eu quero laico), mas ainda há tempo de evitarmos um atropelo político-religioso.
Claro que Bombaim parece mais suja que Rio ou São Paulo, mas isso ai temos que averiguar melhor.E há no livro, não sei como, um delicioso cheiro de curry. Nem que fosse uma samosa eu comeria agora.
PS: hoje Bombaim se chama Mumbai, parece que foi um jeito que eles encontraram para diminuir os problemas da cidade...
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