sábado, 16 de outubro de 2010

liberdade na mídia

A gritaria está grande, o senado boliviano aprovou a lei que pune midias e jornalistas que façam reportagens ou programas de cunho racista.
Os artigos da lei, que mais incomodam sao o 16, que prevê suspender a licença dos meios de comunicaçao que difundam mensagens racistas e o artigo 23, que dispoe que o trabalhador de meio de comunicaçao que infrigir tal lei nao poderá alegar imunidade nem pedir foro privilegiado.
Para os que questionam a lei ela entra em contradiçao com a constituiçao politica do estado boliviano, escrita há 28 anos quando os bolivianos deram fim ao ciclo de ditaduras que asssombrou o país durante o seculo XX.
Os que apoiam a lei, que diga-se de passagem foi proposta pelo único parlamentar de origem afro-boliviana, sao,  a Confederación Sindical Unica dos Trabajadores Campesinos de Bolivia, a Confederación  de Pueblos Indigenas de Bolivia e as Bartolinas, grupo de mulheres que defende os direitos femeninos em amplo expectro.
A oposiçao a Evo Morales diz que toda essa questao se resume a uma manobra do MAS, Movimiento al Socialismo, partido do governo, para  calar a imprensa.
Na Tv os debates sao acalorados pois se questionam os filigranas da questao, tipo, os humoristas nao poderao mais imitar homossexuais, ou mesmo se poderao fazer troça com as chollas, ou como fazer piada sobre costumes deste ou daquele grupo etnico, ou de um politico.
Há jornalista fazendo greve,alguns jornais tem sido mais radicais em suas critica, principalmente o La Razón, claramente anti governamental. Ser anti governamental é ótimo mas acho que as criticas a tal lei na verdade sao muito superficiais, há um exagero, uma necessidade de simplismente se opor. existem muito jornais de esquerda, que tem escrito textos muito interessantes na defesa da lei, afinal, basta olhar e se vê, é uma sociedade feita a partir da exploraçao radical de parte dos seus habitantes, a maioria, de origem indigenas, que para os grupos dominantes e isso desde o período colonial, sao uns barbaros em seus costumes e deles é fácil debochar.
Para a sociedades da nossa América é dificil encarar essas questoes, pois no fundo estamos repensando nossos fundamentos, que para muitos sao legítimos. Como no Brasil, onde as açoes afirmativas sao vistas como incentivo a separaçao da sociedade em cores, como se nao houvesse uma real necessidade de compensar a populaçao afro descendete  por 500anos de segregaçao, ou isso tudo que  podemos ver da janela nao é segregaçao?
Voltando a questao da imprensa é claro que é preciso repensa-la, por exemplo, no Brasil, que eu me recorde, só o Estado de Sao Paulo, noticiou a ida do Franckin Martins à Europa com o intuito de analisar como alguns paises regulam os órgaos midiaticos. O interessante é ficar sabendo que lá, nos paises do capitalismo avançado, da democracia sem tréguas, há regulamentaçao da midia, seja no sentido de impedir a concentraçao dos mesmos nas maos de poucos grupos ou famílias, seja na exigencia de pluralismo poilitico ou na proteçao do publico infantil, para citar só alguns aspectos.
No mínimo a questao da concentraçao dos meios de comunicaçao já dá um debate violento no nosso país de poucos escrevendo, filmando e falando para todos.
Pois é isso, nas democracias européias os meios de comunicaçao sao regulados  e nas nossas?
Isso claro sem que a liberdade de expressao seja comprometida, daí há um longo DIALOGO, pela frente.

1 comentários:

Unknown disse...

NA BOLÍVIA DEVE ESTAR ACONTECENDO O MESMO QUE NA VENEZUELA : EXCESSO DE DEMOCRACIA ( PALAVRAS DO LULA AO HUGO CHAVEZ )

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